2009-02-03

A partir da história do Pinóquio...

Desta vez demorei a vir aqui partilhar o que se passou na 2ª feira (ontem)! É que houve muita produção para digitalizar...

Pois foi, a história do Pinóquio que eu fui ler deu pano para mangas, juntamente com outras coisas que estavam no post.
Mas então vamos lá contar como foi!

Antes de começar a ler a história conversámos de várias coisas. Ficámos a saber, por exemplo, que alguns dos pequenotes já sabiam quem tinha sido o Pinóquio...
Cresce-lhe o nariz quando diz mentiras,... É um boneco de madeira...

Mas também conversámos do que era um pseudónimo... lembram-se que o autor da história usa um pseudónimo?
Comparámos com os:
- dimunitivos, lá na sala havia vários: o Leo (de Leonardo), a Bia (de Beatriz), a Mada (de Madalena) e outros,
- nominhos, que é diferente de diminutivo e é uma forma usada em Cabo Verde (há por aí alguém que saiba o que são???)

Também falámos de marionetas (queres aprender a fazer? clica aqui) e muitos deles também sabiam mais ou menos o que eram... e viram no post as imagens de algumas...

Mas finalmente fui ler a história, ou antes comecei a ler-lhes a história, que o livro é grande Tem mais de 200 páginas? perguntou um deles... e é que tem mesmo! Vamos ver se o continuamos a ler noutros dias...

O princípio da história conta como é que surgiu o Pinóquio... de um pedaço de madeira que o mestre Cereja encontrou. Era especial, esse pedaço de madeira pois falava e tinha cócegas, o que o tornou um bom candidato para ser oferecido ao carpinteiro Gepeto que andava à procura de madeira para fazer um boneco!...
De onde surgiu o nome Pinóquio? Porque o Gepeto conhecia uma família muito simpática e feliz com esse nome. Sim, uma família inteira de pai, mãe e filhos todos com nome de Pinóquio!

Bem, mas não vou contar aqui a história toda... hoje é para dizer o que se passou na sala...

Acho que eles gostaram deste princípio da história mas estavam também muito curiosos por ver o desenho animado que estava no post. A canção "Não há cordões em mim" ficou-lhes no ouvido... como se pode ver nos desenhos que depois fizeram.

O desafio que lhes coloquei foi o de desenharem ou escreverem alguma coisa a partir do que tinham visto e ouvido. E tanto as situações do livro como as do filme acabaram por aparecer nos desenhos deles... Vejam lá se não estão giros!!!

(cliquem na imagem para os verem todos)
Posted by Picasa

O Fábio preferiu escrever esta frase no papel.
Ele gosta é de desenhar no computador ou no quadro interactivo onde, no final, com alguns colegas tentaram em conjunto desenhar um Pinóquio. Cada um contribuiu com o desenho de uma das partes do boneco.
Prometo que um dia destes havemos de partilhar aqui algumas imagens das aventuras no quadro interactivo...

Acho que foi uma hora bem passada...

5 comentários:

Catarina Ruivo Antunes disse...

Descobri!... Nominho é alcunha...ou como diz o dicionário...(Cabo Verde) nome familiar. Por exemplo...o nominho da Carolina é Pin e Pon, e vocês sabem porquê?? Porque é pequenina :-)

mada disse...

Olá Catarina

Boa descoberta, e como é que descobriu????
A ideia de alcunha em Cabo Verde, associada ao "nominho" não é perjurativa ou negativa, como é em geral associada em Portugal. Como me explicaram lá, o nome oficial das pessoas tem uma relação forte com a "lei", a "autoridade" e, no tempo da colonização "deviam" ser nomes portugueses. Actualmente ainda se mantém essa ligação forte à língua portuguesa quando se registam os bébés e esse nome oficial é o "de batismo" como em geral falam. Mas, de facto, depois no dia a dia, a língua usada (a do coração) é o crioulo e o nominho acaba por ser o nome que fica associado, em crioulo, a essa pessoa e aí, o humor, o carinho, o nominho de família, ou alguma outra característica acabam por ajudar a decidir qual o nominho da pessoa. Por isso o sentido de alcunha ali é mais meigo e carinhoso (e não depreciativo) como, em geral, são os cabo verdeanos (em particular no meio afectuoso que é Cabo Verde). A forma como trato os muitos amigos (crianças e adultos) que tenho em Cabo Verde é de facto pelo nominho e não pelo nome oficial, às vezes até me esqueço de qual é esse oficial. Mas a decisão de os tratar pelo nominho é deles próprios que me dão o direito de o fazer e me leva a sentir a obrigação de tentar falar o crioulo (que já está muito esquecido sem a prática necessária)

Um beijnho à Carolina e votos de muita diversão com o seu blog...

Catarina Ruivo Antunes disse...

Como descobri...tinha essa ideia, que nominho seria uma alcunha carinhosa...mas...fui ver ao dicionário...e sabem uma coisa? Descobri num blog que no Brasil também utilizam essa expressão.
Estamos sempre a aprender! não é??
Obrigada Madalena pelo seu comentário no meu "recém-nascido" blog.

Anónimo disse...

Olá a todos, como estão?
Já há algum tempo que não deixo mensagem mas tenho visitado o vosso blog frequentemente.
Desconhecia completamente o que era o nominho e tem um sentido bem mais carinhoso e querido que uma alcunha.
Os meus pais são da zona do Caramulo e lá as alcunhas são dadas à família e não tanto ao indivíduo.
Eu sou descendente dos "Fisgas" (família da minha mãe) e dos "Russos" (família do meu pai).
Um beijinho para todos.
A mãe da outra Carolina

mada disse...

É giro, esta coisa de a memsa palavra portuguesa ter sentidos e estar associada a usos tão diversos, não é? Penso que estas diferenças tmabém dizem bastante da cultura dos sítios onde são usados, não é?
Esta conversa sobre os sentidos diferentes da palavra 'nominho' está a dar-me uma ideia que vou ver se a concretizo com os nossos pequenotes na próxima 2ª feira, vamos lá ver se pega!!!
Apetece-me fazer um levantamento de nominhos, alcunhas,... a partir dos alunos mas que nos permita traçar as origens das famílias...
É claro que vocês, os que por aqui andam a falar ou só a ler, e os familiares deles vão ser chamados a dar contributos...
Mantenham-se atentos, ou antes, atentas que as vozes femininas são bem mais que as masculinas...
Um beijinho para todos